REPRESENTAÇÃO, IDENTIDADE E MEMÓRIA: uma leitura negra de Betina, de Nilma Lino Gomes
Literatura afro-brasileira. Betina. Identidade. Representação. Memória.
O presente estudo faz parte da linha de pesquisa Literatura, Diálogos e Saberes, do Programa de Pós-graduação em Letras - PPGLe/UEMASUL, e tem como objetivo analisar as configurações da afrobrasilidade na obra Betina (2011), da escritora Nilma Lino Gomes, objeto de estudo desta pesquisa. Explora-se, inicialmente, a literatura afro-brasileira estabelecendo um diálogo entre os autores com a obra em pauta, norteado pelas teorias de representação, identidade, memória e ancestralidade. A pesquisa aborda terminologias utilizadas por pesquisadores e escritores, em específico as palavras “negro” e “afro”, que descrevem literaturas de temáticas negras ou que fazem menção a problemas sociais voltadas ao racismo e à pauta negro-brasileira. A partir da leitura e análise de Betina (2011), selecionamos o corpus desta pesquisa, que implica nas discussões das configurações da linguagem, voz autoral e ponto de vista presentes na obra. Por meio de enxertos literários da literatura afro-brasileira, dissertamos sobre a literatura infantil afro-brasileira, como instrumento de empoderamento bem como o ensino dela em sala de aula. O estudo norteia-se pelos pensamentos de teóricos como Cuti (2010) sobre a literatura negra, Duarte (2010) acerca da literatura afro-brasileira, Evaristo (2005) que aborda o conceito de escrevivência, Hall (2016) e Pollak (1992) com os conceitos de identidade e memória. A Produção Técnico Tecnológica (PTT), apresenta uma cartilha estudantil que aborda a negritude brasileira promovendo a valorização da cultura afro-brasileira e a conscientização acerca das questões raciais. A cartilha destina-se a professores e instituições de ensino básico e superior, para fins de chamar atenção de estudantes proporcionando atividades interativas que estimulem a reflexão sobre racismo, preconceito e igualdade.